Café com HQ #55 – Distribuição independente de quadrinhos

Café com HQ #55 - Distribuição independente de quadrinhosDemorou mas saiu (e saiu grandão pra compensar o atraso)!!!

Neste programa do Café com HQ nós batemos um papo sobre a distribuição de quadrinhos independentes. Como fazer para conseguir levar suas HQs até os leitores?

Mais um episódio patrocinado pela Govworks!

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EDITADO: Tirinha em que o Marçal e o Wes sacanearam o Coala: Diário do GibiCon – parte 1.

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6 comentários

  • Fala pessoal, bem legal esse episódio! Acompanho todos, apesar de nunca comentar.
    Um modelo que eu acho que seria lindo é o de pacotes de revistas mensais. Acho que ouvi algo assim no exterior, feito de forma independente: você faz a assinatura e todo mês recebe um pacote de revistas da galera. Revistas variadas, do pessoal independente, todos mês um pacotão diferente *_*.
    Claro que gerenciar um projeto desses demandaria um bruto dum esforço, ainda mais com nossa logística capenga. É algo que eu sei que é muito difícil aqui. Mas acho também que muita gente estaria disposta a pagar até uns, sei lá, 50 conto por mês num projeto desses.
    Abraços!

  • Estranhamente acabou saindo essa lista de lugares para se vender HQ em sites. Não sei se vai interessar pelo menos dar uma boa ideia de quais ferramentas tem por ai.

    http://www.zenotelos.com/digital-comics-distribution-platform-list/

  • Cadê o link para a tirinha zuando o Coala?

  • Tem uma parada que eu sempre defendi (mas todos estão livres para discordar) que é o seguinte: todo e qualquer profissional liberal/independente/freelancer PRECISA ser um empreendedor. E ser um empreendedor significa, dentre muitas outras coisas, ter visão de mercado, entender todas as etapas de produção, trabalhar o dobro, fatalmente receber metade, investir muito (tempo e dinheiro), reinvestir o que voltar, experimentar, testar, refletir e começar tudo do zero se for preciso.

    Como diria a música do Rocky 4: “there’s no easy way out, there’s no shortcut home”. Então, infelizmente (ou não), se você tem o sonho de ser o dono do próprio nariz escrevendo e desenhando suas próprias histórias, você precisa estar ciente dos riscos e sacrifícios que terá de fazer. E não, não tem caminho fácil.

    Sobre grandes distribuidoras que podem levar seu material para todas as bancas e livrarias do país, até onde eu sei, só existe UMA no Brasil. Ela exige uma tiragem de uns 40mil exemplares e é ela quem decide se deixa ou não você entrar na brincadeira. E provavelmente você precisa ser da maçonaria pra conseguir um contrato.

    Existem distribuidoras menores, que fazem só o eixo Rio/SP ou trabalham com livrarias regionais. Tem também a Saraiva e outras livrarias que fazem esse tipo de serviço. Todas elas vão cobrar em torno de 60%~70% do preço de capa. Aí para se tirar lucro disso você tem duas opções: ou aumenta o preço de capa (e aí ninguém compra)… ou você barateia a produção fazendo tiragens maiores, tipo 2, 3, 4mil exemplares. Mas aí vem a pergunta: você, produtor independente, tem a pica grossa de fazer esse investimento?

    Alguém falou no meio do cast que livraria vende pouco, quase nada. É uma verdade, mas não custa nada fazer contratinhos de consignação. Dependendo da loja da pra conseguir fechar em 40%~30%. E aí, quando vender, vendeu. Mas não é mágico e instantâneo. Você é quem precisa entrar em contato com as livrarias. Você é quem precisa levar ou enviar os livros. Você é quem precisa fazer a cobrança. Você é quem precisa fazer o controle. E não adianta chorar, porque é assim mesmo. É tipo uma banda lançando álbum novo, você precisa sair em turnê pelo país. No nosso caso, sair pros eventos e aproveitar a viagem. Vai pra São Paulo na ComicCon, já deixa uns exemplares na Comix, Monkix, Gibiteria; Vai pro FIQ em BH e faz contrato com a Leitura; Porto Alegre na Multiverso, tem a Jambô; Vem pra Curitiba no Gibicon, aproveita e conversa na Itiban. De novo, não tem caminho fácil. O André Caliman, por exemplo, saiu peregrinando pelo Paraná e Santa Catarina tentando dar palestras em universidades e aproveitando pra vender seus quadrinhos. Esse ano, nós aqui do LoboLimão visitamos vários colégios dando palestra e vendendo HQ na saída. Cada venda é suada, mas é assim que é.

    Enfim, quanto mais eu penso em distribuição mais eu concluo que não há remédio. O lance não está em escoar os livros e sim em criar a demanda no público. Se o público quer, ele acha. Se o cara achar foda, ele vai comprar pela internet mesmo. Então a grande pulga atrás da orelha é: como fazer o seu material ser desejado? =)

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