Café com HQ #33 – Arte e humor

vitrineEstamos de volta com mais um Café com HQ!

Neste programa continuamos o bate-papo do episódio anterior e tentamos responder a uma pergunta: O quanto a arte pode limitar o humor?

Não espere por respostas, aqui só surgiram mais perguntas!

Mais um episódio patrocinado pela Govworks!

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Comentado no episódio

Tirinha sobre Candy Crush – Gi & Kim

Palavrinhas

Tira do Wesley somente no rascunho

Tira do Marçal com mudança de ângulos nos quadros

Rafael Sica

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17 comentários

  • Intereressante o episódio!
    Mas queria ouvir o Leo falando disso também hehe

  • Vocês não sabem de nada.. aí ó, uma tirinha abstrata onde teve gente que deu risada até
    http://www.lobolimao.com.br/?p=2338

  • Achei que esse seria o episódio mais sério, mas acabou que foi um dos que mais ri… rs

    Qualquer dia podiam convidar o Tirinhas do Zé e Dr Pepper…

  • Apenas um nome:
    Chales Chaplin.

  • Charles* .-.

  • Outro dia você podiam convidar o (Rafael Marçal) Pedro Leite para grava um programa sobre quadrinhos independente e como saber qual o momento certo de lança um livro!

    Abraços!

  • Ikaro Melo (Gin-san)

    O cast me fez lembrar do Akira Toriyama q conforme Dragon Ball foi progredindo, foi simplificando o traço, estudando a animação da TV para padroniza-lo e deixa-lo mais solto e rapido de se fazer, num momento da vida, Toriyama ficou tão estressado q passava 5 ou 6 dias montando aeromodelos e num dia fazia o capitulo semanal de Dragon Ball para a Jump.

  • Meus quadrinhos são na maioria em pixel art e eu também uso o mesmo desenho várias vezes já que a resolução da tira é naturalmente baixa e não da pra criar esses diálogos com dinâmica. Até agora ninguém reclamou, mas de vez em quando eu fico com essa sensação de que eu to “trapaceando o meu desenho”.

  • Quando vai ter a atualização do programa ?

  • Muito legal o papo, caras. Conheci o podcast hoje e vou acompanhar a partir de agora.
    Sobre a questão da arte. Senti muito os participantes preocupados com uma formula para a coisa funcionar.
    Acho que podemos perceber, por meio de grandes artistas como o sica ou dahmer, que essa fórmula não existe e que vale a pena experimentar formatos diferentes e publicar novas ideias.

    Certa vez, Lourenço Mutarelli falou algo que eu concordo em 100%:
    “O processo de aceitar nossas limitações é o que define o estilo de cada um”
    Portanto, não acho válida essa busca por um ideal que não existe. O caminho é a tentativa e erro em busca de um estilo que alinhe sua limitação técnica ou criativa para expressar algo.

    Não sei se ficou claro, mas é isso rsrs. Parabéns pelo trabalho e pelo espaço pra falar sobre HQ

  • Bom, eu particularmente gostava do trabalho do Marçal na época do boneco de pauzinho.

    Às vezes eu tenho a impressão de que ele expende um esforço tão grande no desenho que acaba ficando de lado o texto. Outra impressão é que varia muito. A gente vê evolução no traço de todo quadrinista, a geralmente é linear, chegando a ponto de ser possível determinar a época da tirinha, mas no caso do Proféticos é um movimento meio errático. Acaba atrapalhando na criação da identidade das personagens.

    Eu entendo a relutância contra bonecos de pauzinho, principalmente num contexto de internet, onde a avalancha de pretensos quadrinistas diluem a qualidade dos artistas talentosos pela quantidade, mas é possível fazer bons quadrinhos dessa maneira. Eu concordo com o Marçal, o boneco dele era suficiente caracterizado pra ser reconhecido como trabalho dele, e as tiras daquela época fluiam bem mais.

    Uma das melhores webcomics internacionais que eu sigo é feita com bonecos de pauzinho. Inclusive, o nome é uma referência a isso: Order of the Stick. Ano passado eles fizeram um kickstarter para publicar um livro, e dos 40 mil dólares que eles pretendiam arrecadar, eles fizeram 1,2 milhões de dólares. Se eu não me engano, eles são atualmente o recorde do Kickstarter. Boneco de pauzinho. Mas o texto é tão bom que você nem liga.

    http://www.giantitp.com/comics/oots.html

    Nesse papo de arte abstrata, a ideia é mais ou menos essa:

    http://www.youtube.com/watch?v=T3UiOCry06w

    • Nessa discussão de arte x humor: o objetivo da arte é passar uma mensagem. O humor é só uma das características desta mensagem. Mas nunca é a única. Sempre tem o dedo da personalidade do artista. Aliás, os grandes quadrinistas são justamente aqueles que conseguem colocar camadas de elaboração desta mensagem.

      Acho que é ponto passivo que uma das características que fez do Calvin um ícone dos quadrinhos em tirinhas é justamente o fato de que ele consegue fazer uma tira que é entendida de forma diferente dependendo da bagagem do leitor. Ou seja, o texto do Bill Waterson tem vários níveis. E, no entanto, já me peguei rindo de rolar no chão com um desenho do Haroldo acordando assustado.

      O pessoal usa “arte” pra se referir ao desenho nos quadrinhos, mas quadrinhos são uma arte em si. Não apenas o que está escrito e o desenho, mas também a interação desses elementos é arte. Teatro e cinema têm muitos elementos em comum, mas são artes distintas. Quadrinhos não são literatura porque têm texto, e não são pintura/desenho porque têm traços e cores. E é impossível não se colocar na confecção da tira, não ter na piada um traço da personalidade do artistas. Dali dá pra interpretar não apenas humor, mas coisas mais profundas como posicionamento político, condição socioeconômica, opiniões sobre os mais variados assuntos, etc.

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