Café com HQ #23 – Quer pagar quanto?

Atrasou mas saiu!

Neste programa a galera do Café se junta ao Fábio Coala (Mentirinhas) para falar de alguns assuntos, entre eles a coragem que falta aos autores de webcomics para tocar projetos comerciais e sobre as ofertas financeiras recebidas pelos sites de quadrinhos online.

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Comentado no episódio

Alexa

Ryot Iras

Lobo Limão

– Tabelas de preço:

Animação – a dança do Macaco Caco

Dançando sem César

Meus Nervos!

 

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18 comentários

  • O que é esse link tabela de preços que ficou sem ser linkado?
    E mais uma pergunta, num grupo de desenhistas, pq as capas são feitas com montagens de imagens, e nao uma montagem com desenhos de vcs mesmo, sei que dá trabalho desenhar a capa sempre, mas poderiam usar desenhos já publicados pra fazer as montagens

  • Fala galera, to passando pra deixar os parabens ao pessoal do site, descobri a pouco tempo quando fui lincado para o podcast numero 18 com o Eduardo Medeiros, desde então venho tenatando acompanhar…
    Isso tudo foi meio que um achado pra mim pois ñ conhecia boa parte desse cenário de varios artistas publicando web comics, sem dúvida o site foi uma grande janela para mim e me serviu muito como inspiração para lançar meus quadrinhos.

    Abraço a todos ae!! E novamente parabéns pelo ótimo site!!

  • Ah, que massa! O Coala também chama o Ryot de “Riô”. rsrs

    Eu comprei um monte de projetos no Catarse… mas realmente, convém prestar atenção nesta questão da concorrência. O Petisco teve problemas, foi um gol aos quarenta e dois do segundo tempo que salvou. Embora eu veja alguns outros fatores que provavelmente os atrapalharam, a concorrência foi uma questão que deve ser considerada.

    Eu já devo ter comentado isso, mas uma coisa que fica no caminho do financiamento coletivo no Brasil é a divulgação. Muitos tratam o assunto como uma contribuição, mas eu não enxergo assim, e acho que enquanto a publicidade tratar da ideia mais como um pedido de ajuda que como uma oferta de um produto, haverá maior dificuldade de sucesso. É uma pré-venda, uma situação onde o criador une um projeto sem lastro financeiro a um público que está disposto a assumir este custo. Mas o público leva um produto em troca, e não arrisca nada em verdade, pois terá seu dinheiro de volta se o projeto não sair.

    Embora a questão da demora do projeto deva ser considerada, estamos falando de público cativo. Tá certo que internet é uma caixa de surpresas, mas se o cara conseguiu arrebanhar estes leitores, é porque ele demonstrou, ainda que indiretamente, que ele está compromissado com aquele site, com aquelas personagens, etc.

    Entendi. O cara que fala “poste” corrigindo a galera pela pronúncia da palavra “Ryot”… hahahahahahahahahahahah! Pelo menos é coerente.

    O convidado que precisa sugerir pauta… tsc tsc tsc…

    Interessante esta questão da inferiorização. Já conheci um bom contingente de webquadrinistas e parece difícil para eles entenderem que eles é que são meus ídolos em quadrinhos. É isso mesmo, vocês são os caras cujas obras eu admiro. Na bienal do livro deste ano estava sendo lançado o MSP Ouro da Casa, e quem comprava pegava uma senha pra pegar autógrafo do Maurício de Sousa. Eu preferi comprar o MSP anterior, que tinha material do Will Leite, do Leo Finocchi, do Galvão e do Carlos Ruas, que estava lá autografando o segundo livro. Não me importa se o site tem dez ou dez mil acessos diários (aliás, nem tenho interesse em saber qual o acesso do site), se o material é bom, então é bom.

    Outra coisa que também já comentei, mas que cabe bem na fala do Coala: o problema da internet é que ela não tem um filtro. Seu conteúdo fica diluído em meio a um mar de porcaria. E não sei se isso vai mudar. Temos os exemplos das emissoras de televisão, das rádios, das gravadoras, das editoras de livro, todas estas mídias indicam que o que vende mesmo é material de baixa qualidade. Não haveria de ser diferente na internet. O que as agências de publicidade ainda não sacaram é como atingir de forma precisa o público específico de determinado conteúdo. Mas se estas agências fossem minimamente espertas, não teríamos que pular anúncios a cada três ou quatro visualizações no You Tube (sério, eu DUVIDO que aquela merda dê retorno significativo, e mais em relação ao investimento).

    Essa história do “você faz este desenho em cinco minutos”, vale a resposta do dentista quando perguntado quanto custava pra extrair um dente: “Se quiser, eu demoro mais pra entregar”.

    A questão do custo da hora é apenas uma referência para fazer um cálculo razoável de valor. Mas se o trabalho já estava pronto, se demorou uma hora ou um dia pra fazer, isso não é da conta do cliente. Ele vai pagar pelo trabalho. Imagine que se, ao invés de tirinhas ou desenhos, estivéssemos falando de um produto artesanal. Sei lá, camisetas estampadas ou brinquedos de madeira, por exemplo. O fato de já estar pronto há um dia, um ano ou se você fará sob encomenda não vai afetar tanto o preço, o valor ainda será calculado levando em conta não apenas o seu nível, mas também a complexidade do trabalho. Uma caricatura de uma pessoa custa menos que uma caricatura de uma classe inteira de formatura, e uma caricatura do Fábio Coala ou do Leonardo Maciel vale mais que uma de um desenhista desconhecido.

    Isso que vocês falaram da questão da cobrança era o que o Di Vasca defendia em seu site, é o que o Coala falou a respeito do valor em relação a colocar seu site num portal, e vale pra qualquer profissão: se os profissionais de qualidade não se valorizarem, toda a profissão decai. Você precisa colocar um preço que compense o seu tempo, sua formação e a qualidade do seu trabalho, e daí acontecerá o que acontece em qualquer mercado: se pagar pouco, vai levar porcaria pra casa. Qualquer cursinho de desenho de uma semana custa brincando mil reais. Quando o cara compra uma obra autoral, ele compra todo o antecedente do artista. E depois de ver algumas bizarrices nas campanhas eleitorais, eu concluí: se precisar de uma ilustração, contrate um bom ilustrador. Nada deixa uma campanha mais com cara de chinfrim que um desenho mal feito. Taí a Dolly que não me deixa mentir.

    O Max Motta do Meninas WTF (in memorian) jura que existe maria blogueira. E teve aquele lance da mina rasgando a roupa na frente do Ruas. 😛

    O moleque que desenha é o Wes (não o desenhista, o personagem)! E dá pra ver bem ultimamente a desenvoltura dele com as meninas…

    Cara, achei duca a ideia do Will. Realmente, vai gerar comentário. E é um laboratório interessante que verifica, na verdade, o preconceito de quem lê. Tomara que saia esta ilustração. O Coala tem uma tirinha sobre uma mina que é negra, loira, homossexual, deficiente, anã, gorda e tem um papagaio, que é a responsável pela censura do humor. Muito dez!

    Cara, ficou muito massa esse podcast sem assunto definido! Vocês tocaram em vários pontos muito interessantes.

    Bom, como usual, fui ouvindo o podcast e comentando, então mals aê se ficou confuso.

  • Bem maneiro o batsu-papo sobre money e me lembrou um comentário do Coala no Facebook na semana passada, dizendo que desenhar era um sonho bobo que não dá dinheiro. Não sei se foi um desabafo, uma brincadeira ou algo do gênero, mas vi muita gente concordando.
    O que eu respondi lá, e vou reescrever aqui, é o seguinte… Assim como (quase) toda profissão existem duas maneiras de você trabalhar com desenho: ou você é empregado de alguém ou você monta seu próprio negócio. Acontece que desenhista é artista e artista geralmente não tem paciência pra ser mandado e desmandado pelos outros. Então segue o rumo autônomo, mas esquece que ser autônomo significa tocar uma empresa. No caso, a empresa é você mesmo.. mas não deixa de ser uma empresa.
    Isso quer dizer que para ser quadrinista você acaba tendo que aprender também a ser empreendedor, administrador, marketeiro e blablabla… isso, se você realmente visar lucro. Não adianta você só desenhar. Você tem que achar um diferencial; tem que ter coragem; tem que investir; e tem que ter paciência. Nenhuma (ou quase nenhuma) empresa dá lucro líquido de verdade em seus primeiros anos de vida. É preciso planejamento, comprometimento e organização.. e trabalho duro, claro. Mirar mais no futuro do que no agora.
    Não que eu seja “o empreendedor”… com certeza ganho muito menos do que qualquer um de vocês do café, mas é bobo caras como vocês que tem uma visualização estupidamente maior que a minha ter medo do Catarse ou de meter uma pré-venda no site ou algo do gênero. Vocês tão moscando(?) muito.. A gente tem que se unir e dominar o mundo! BOHAHAHAHA! ou não. Enfim..

  • Uma coisa que todo mundo confunde no tal “financiamento coletivo” é que não é compra, nem mesmo é um investimento pois você não terá retorno algum.

    É uma DOAÇÃO!. O que as pessoas ganham são só “lembrancinhas” que na pratica é o mesmo que um cartão de obrigado.

    Cartase e Kickstart (já financiei projetos em ambos de jogos de tabuleiros a HQ de algusn conhecidos dai ;-)) é uma ação voluntária, uma pessoa ou grupo que tem potencial de construir qualquer coisa mas que precisa apenas de uma mão com algum material ou auxilio pede doações de pessoas que tem de ter ciência que o projeto deste fulano ou grupo pode nem ir para frente. Não é uma garantia alguma que tu conseguira a meta estabelecida.

    Você tem de provar as pessoas sua capacidade em produzir o que quer e convence-las a DOAR um valor com base na sua capacidade e determinação. Por isso acho ridículo alguns que não são financiados ou outros que demoram pra receber a compensação (que não é obrigatória). É uma doação que requer alguma fé e desprendimento ao valor doado, tanto de quem financia quanto aos financiados. Afinal ganhar uma cópia do livro e uns adesivos não é um retorno de mil contos justo… E nem se vai ganhar um milhão por uma ideia atoa com uma rotina de produção mal elaborada.

    • Anderson, meu filho… Reveja seus conceitos pq é exatamente CONTRA isso que estamos. Não é doação nada, é um projeto que visa VENDER um produto. O caso é que o público consumidor financia a produção da coisa, não há expectativas de lucros ou coisas assim, ninguém aqui tá querendo boa ação, o que ocorre é um produto sendo vendido e disponível em pré-venda para que essa grana chegue antes da produção, possibilitando assim que o investimento que seria feito só pelo autor possa ser coletivamente diluído com o público. Não é troca, não é investimento, é compra, você não “ganha livrinho e adesivinho” você COMPRA o livro e comprando ANTES você ajuda a realizar o projeto que de outra forma seria mais complicado.

      Por favor, não use mais o termo doação, isso menospreza todos os projetos e parece que somos mendigos aqui querendo comercializar o fruto de um trabalho cheio de dedicação e carinho.

      Obrigado

      • Não querendo me meter mas já me metendo, participei recentemente do Cartase para o livro Omnibus do Ryot e posso garantir que além de ser sim uma compra foi um ótimo negócio, pois comprei por um preço justo uma obra muito bem produzida e que tenho certeza que seria inviável se dependesse exclusivamente do visionarísmo das editoras. Até mesmo as “lembrancinhas” são de excelente qualidade e seriam produtos por si só.

        Pretendo participar de outros financiamentos, e vejo neles uma ótima oportunidade de viabilizar e adquirir produtos de autores que me interessam. E acredito também, que essa iniciativa pode ser um forma de chamar atenção das editoras para esse nicho de mercado (dos quadrinho independentes). Ganham os autores e ganham os leitores.

        • Duas coisas ainda, ñ tive grana p comprar o omnibus no catarse e tive q pagar 20% a mais depois, mesmo assim o livro Monstros do G Duarte ainda tava mais caro uns 15% . então vemos que projetos como o catatse não só custeiam a produção como diminuem o custo final do livro, uma editora comum cobraria quase o dobro do que o Ryot vem cobrando. Mano ainda to puto com essa história de “doação“

          • É que “originalmente” a ideia é realmente uma espécie de “doação”. Tanto é que o próprio Catarse dá como sugestão de recompensas coisas bobas com mais valor sentimental do que material.
            Só que tratar esse financiamento como doação é mancada em vários sentidos. Primeiro que fica com cara de mendigo mesmo; Segundo que brasileiro não dá um centavo sequer se não for pra receber algo em dobro em troca; Terceiro que é bem mais jogo já ter vendido 100, 200, 300 livros nessa “pré-venda”. Você já tem ideia da aceitação do público e pode aumentar a tiragem sem medo. Além de ser justo com o público.

      • Rafael Marçal meu pai… Nenhuma pré venda (mesmo em produção e com brindezinhos) justificaria eu pagar milão :3

        Tipo assim pai “nada a vê” hauahauhaua. Olhe o exemplo. Doação menospreza? Pode ser mas é isso que é. Pode ser usado a palavra “investimento” mesmo que não aja retorno algum.

        Tu ta puto mas é só um orgulho bobo xD. Não é algo garantido para nenhum dos dois lados e…

        Ah deixa de ser chorão Marçal kkk

    • Este post é uma prova do que eu digo da má qualidade da divulgação. Esse cara simplesmente não faz ideia de como funciona o financiamento coletivo.

      Se é DOAÇÃO, gostaria de agradecer ao Ryot, ao pessoal do Lobo Limão e ao pessoal do Petisco, porque aparentemente eles me deram de graça os exemplares de suas edições após a minha DOAÇÃO a seus projetos no Catarse.

      Hummm… pensando bem agora, toda vez que eu DOO dinheiro para a caixa do supermercado, ela me deixa trazer mercadorias pra casa. Será que isso tem alguma coisa a ver?

      • xD

        Vocês estão traumatizados com a palavra doação. No caso do mercado é uma negociação no caso do Cartase é uma compensação simbólica pela contribuição. Tanto que você tem a opção de anonimato e apenas o dinheiro sera entrega ao projeto que vc apoia e tu não terá nenhum brinde. E nas próprias regras do Cartase se refere ao valor como “contribuição” e não “pagamento”. Eu já participei tanto do Cartase (o ultimo inclusive é o Lobo limão), quando de outros projetos (como o do pessoal que tenta desenvolver uma certa tecnologia de rigação ou documentação técnica dos softwares que uso ou simplesmente de projetos que acho legal.

        Contribuição e Doação significam é você doar algum conhecimento ou recurso para o bem de uma pessoa ou ideia. E isso NÃO É ALGO NEGATIVO.

        • Não é doação, pode até ter a opção de ser doar 1000 reais, mas você já fala que tudo é doação.

          É uma contribuição para a produção, claro, mas de forma alguma é caridade.

          Não confunda os projetos de quadrinhos com os projetos de outros seguimentos.

          • A pessoa que lidera o projeto pode tratar a participação como doação. Tanto que tem uma opção “quero contribuir, mas não quero recompensa”. Mas ainda não participei de nenhum projeto que tivesse este escopo.

            O Catarse é uma ferramenta. Se ele chama de contribuição, mas você enquanto idealizador do projeto não trata como tal, fica a seu critério a finalidade real da quantia angariada. Se eu faço um projeto pra editar um livro e dou um exemplar a cada uma das pessoas que participou com X reais (sendo X equivalente ao valor do livro), então DE FATO é uma venda, não importa qual a denominação que se dê.

            Doação tem uma conotação negativa sim, porque estamos falando aqui de viabilização de trabalhos. O que está em discussão são duas coisas: 1- este trabalho tem qualidade e merece ser editado?; 2- há público suficiente para isto?

            Quando um pede uma colaboração, está pedindo uma “esmola”, como se seu projeto não fosse capaz de garantir por si um retorno ao “contribuinte”. Agora, quando um faz uma pré-venda, está na verdade fazendo uma avaliação da validade de seu projeto e de seu trabalho. E se ele viabiliza-se, isto é um reconhecimento.

            Que artista quer depender da caridade pra viver do que faz? Não, o artista – via de regra – quer constituir algo de valor à sociedade e receber em troca os meios de sustento da sua arte. Não é muito diferente de qualquer outro ofício. Ninguém quer viver de caridade, como o Marçal bem observou.

  • Muito legal o episódio, o ar de “foda-se, vamos falar de qualquer coisa” foi f* haha
    O quanto cobrar é complicado. Tem tantas variáveis que se você colocar tudo no papel acaba ficando maluco. Acho que cada um tem que por a mão na consciência, pesar algumas coisas e outras levar com o juízo próprio mesmo, e ver quanto você vale por hora.
    Eu tive esse problema de quanto cobrar dias atrás, por causa de publicidade. Em todas as outras vezes não tinha dado certo, mas dessa vez incrivelmente deu. As empresas de publicidade aceitam sim valores mais altos sem chorar… Já editora, nem tanto.
    Abraço, galera!

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