Café com HQ #47 – Felipe Cagno, Fabio Dino e o Catarse
Eeeeee chegou mais um Café com HQ!
No programa desta quinzena nós trouxemos dois convidados: Fabio Dino, do Folks HQ, e Felipe Cagno, cineasta e roteirista de quadrinhos. Com eles nós fazemos uma avaliação de como tem andado os projetos de quadrinhos no Catarse. Bora ouvir!
Mais um episódio patrocinado pela Govworks!
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Comentado no episódio
– Story
– Pancrom
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Essas dicas do Cagno me fazem pensar num projeto, que ainda está no ar e que se encaixa nesses problemas: o Dora, da Bianca Pinheiro.
Quando eu fiquei sabendo do projeto, já haviam passado dez dias, e a coisa tava nuns 400 mangos ainda. E eu: “Porra, essa é a mina que faz Bear, uma das webcomics mais sensíveis atuais! Por que bolinhos eu só fiquei sabendo desse projeto agora? Eu visito Bear com frequência.”
Agora parece ter dado uma deslanchada. Mas tem que ter uma certa constância na divulgação. O projeto do Pedro Balboni, todo dia ele postava nas redes sociais, pedia divulgação, os participantes fizeram boca-a-boca (inclusive intimando colegas de trabalho).
Eu também sou um apoiador constante do Catarse. Eu curto muito a ferramenta e, como eu gosto de quadrinhos nacionais, pra mim é meio que uma vitrine virtual de quadrinhos. Mas eu concordo com o Coala, até conversamos isso no AGE; mas eu vou além: cada autor que queima seu filme no Catarse, queima também o filme do próprio Catarse. Ao não entregar seu projeto no tempo e tratar os colaboradores com respeito e transparência, você está talvez perdendo um potencial colaborador futuro também pra projetos de outras pessoas. Se você ajudou dois ou três que não cumpriram o combinado, a não ser que tenha muita confiança no autor, vai pensar duas vezes antes de ajudar um projeto, ainda que ele pareça profissional e bacana.
Eu não sei como o Catarse pode se defender disso; talvez um critério maior na seleção de projetos ou apertar mais o contrato com os autores, de forma a obrigá-los a cumprir. Mas acredito que esse possa ser um efeito nefasto se não controlado.
Isso que o Marçal falou também já me barrou de ajudar projetos no Catarse. Um é o Pequenas Igrejas, Grandes Negócios, que você tem que ajudar com 70 reais pra levar o jogo pra casa. Em quadrinhos eu tenho menos dó de empatar uma grana, mas não animei a entrar com isso tudo no mínimo pra levar um jogo de tabuleiro que vai passar 99% do tempo no fundo do armário.
Taí, um “Reclame Aqui” pro Catarse seria uma boa!
Você clica em um botão no projeto que está te deixando na mão e faz lá sua reclamação, aí o próprio Catarse dá um puxão de orelha no vagabundo.
E também um aviso mensal/bimenstral quando o autor fica muito tempo sem postar novidades, que ele faça um pequeno comentário de como estão as coisas.
Talvez assim o cara tenha mais vergonha de ficar enrolando sem dar notícias.
Fazer um financiamento coletivo ainda é a opção mais rápida, sem burocracia e de melhor custo benefício para fazer um quadrinho. Mas é bem complicadinho. Assim… é relativamente fácil, mas sempre dá algum probleminha. É preciso muito planejamento, muita atenção, muito trabalho e ainda assim correr o risco de algo sair errado.
Um dos problemas que o LoboLimão teve com o Last RPG foi ter esquecido o nome do Fabio Dino. Sim, fomos nós haha E vocês não tem ideia do quanto doeu esse soco quando descobrimos isso, porque eu acho fundamental todo o carinho e dedicação para com os leitores. Simplesmente porque não adianta você fazer um projeto, se achar malandrão por ter juntado uma grana e aí cagar pro resto, porque depois você vai querer fazer outros projetos, vai querer continuar vendendo, etc, etc.. E aí se queimar logo de cara não é muito inteligente.
Por outro lado também tivemos vários probleminhas de pessoas que mandam endereço errado, não respondem e-mails ou não prestam atenção sobre as datas e etc. Mas nada muito cabeludo. Geralmente é tranquilo.
E por um terceiro lado, como leitor/apoiador, me chamou a atenção o que o Felipe Cagno falou sobre vender livros já autografados pra outras pessoas. Isso a gente não faz e eu acho muito estranho, como comprador, receber um livro assinado pra outra pessoa. Aliás, isso aconteceu comigo outro dia e eu fiquei bastante chateado. Comprei um livro e quando vi ele estava rasurado/rabiscado. Voltei pra falar com o sujeito e foi mais ou menos assim “ô fulano, esse livro era de outra pessoa?” e ele respondeu que sim e ficou por isso mesmo.
Mas enfim.. pra mim hoje o Catarse é tipo catálogo de pré-compra de quadrinhos independentes hahaha
Sobre o livro assinado, não avisar é sacanagem, mas o Cagno avisa sim, tanto que pro Marçal ele cobrou mais barato e o Marçal estava ciente do que estava comprando. Só é estranho se for na mutretagem, aí já é relaxo demais.
O Lobo Limão já tá se profissionalizando em Catarse.
O vídeo desta terceira campanha, por exemplo, ficou uma animaçãozinha bem daora. Até musiquinha própria de fundo tem.
Outro dia li esse texto do Rafael Coutinho sobre a experiência dele com o Catarse. Bem interessante, principalmente a parte que ele fala do desespero no final, quando ele começou a ligar para todo mundo.
http://www.ideafixa.com/decima-nona-carta-rafael-coutinho/
Oi pessoal,
Que grande oportunidade ouvirmos esse podcast! Esses feedbacks são muitíssimo importantes para o desenvolvimento do Catarse. Com certeza estamos buscando formas de torná-los cada vez mais frequentes.
As mudanças estão acontecendo dia-a-dia, como por exemplo a alteração na ordem de dos dados dos relatórios, que entrar no ar até o final dessa semana. Ainda assim, sabemos que temos muito a trabalhar para deixar a plataforma cada vez melhor para todos!
O que acham de batermos um papo sobre esses feedbacks? Assim, podemos já apresentar algumas ideias que tivemos e ouvir a opinião de vocês.
Abraços,
Beatriz Bouskela
Entusiasta da Comunidade
Catarse